domingo, 27 de julho de 2008

Alma

Alma é o oceano do ser.
É a reserva ecológica da existência onde é preservado o que é ou então entra-se em extinção por falta de procriação de si.
Alma é o motor de um carro velho engasgado que só funciona quando a liberdade vira faísca no pistão e produz vida que não é só vivência, mas é como o existir do anjos e das fadas.
A alma, portanto, é feita da ilusão de ser sem ser nada mais, nada menos do que o que eu respiro todos os dias...

sábado, 26 de julho de 2008

Vazio

O vazio é o grito do invisível que imperceptível aos ouvidos salta aos olhos em tons escuros de clareza límpida...

terça-feira, 22 de julho de 2008

Sobre a loucura

Um velho poema escrito a pedido de um amigo. ele me me sugeriu o tema e aí está o resultado! espero que gostem.


                                 Sobre a loucura
Oh! Loucura a mais infame das deusas
Que entorpece a mente dos homens
Que se despi e geme lânguida
Num convite para a cama feita de fantasias.
Tudo é aparência, tudo é ilusão!
Como a beleza de Narciso a loucura me seduz
Ela me ama voraz como a morte
E inebria me como o vinho das bacantes .
A loucura faz da vida uma tragédia para quem
Não a ama e uma comédia para aqueles que por ela se apaixona...
Doce loucura, oh loucura minha...
Foi amar-te mãe de Hermes, foi amar-te parteira!
Doce loucura que mata, ora de tristeza, ora de alegria.
E que gosta de ver seu amado no exílio.
A loucura propícia o impossível aos homens
Para chegarem aonde querem...
Sim, a loucura leva seu amado ao êxtase
Ela o leva ao orgasmo do irracional, do ilógico.
Brener Alexandre Gonçalves,03/12/03

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Metafisica

Quando penso o ser, penso o nada que é tudo no vazio acidental de onde emerge o mais importante e mais sagrado desejo de ser. O ser é sendo nunca está no infinitivo, e no gerundismo se faz comum aos olhos, mas imperceptível ao toque das mãos.
E não importa o quanto é dito sobre o ser, nunca se diz tudo, sempre falta alguma coisa, pois é sabido que a razão tem limites tal qual uma cerca estabelece o limite entre a minha casa e a rua. É como o erro cometido por acaso, na esperança do acerto. E o nada é apenas o desejo desordenado clamando por vida. E tudo é a fadiga da realização do sonhos de uma criança. sem toque, mas com o olhar subindo o Olimpo do pensamento só assim eu me encontro com o ser sendo e sinto que não sinto nada além do normal e que o mundo é apenas um monte de vontades em conflito.

domingo, 20 de julho de 2008

insanidade

A noite insana e profana tem um o quê de sagrada!
É como a deusa da caça um pouco fria e de olhos turvos,
não tem companhia e vive da ilusão e do sonhos tolos de quem se embriaga em devaneios.
Não segue a excelência, mas a apenas claudica com os que tropeçam no escuro.
Insanidade é o dia nublado de outono, quando ainda não é seco.
Insanidade é sonhar acordado e quebrando a realidade em cacos, vendo seu reflexo nos pedaços, inteiro nos pedaços como o macrocosmo no microespaço do nosso ser. É como a transa louca numa noite qualquer em lugar qualquer.. nada importa apenas o momento, o vazio, o nada.. É como um gozo sem prazer.. um suspiro sem emoção.. insana é a alma que perde o sentido que não é dado, nem revelado, mas sentido como a própria existência convertida em vivência se faz presente na liberdade prisioneira do meu eu.