sábado, 14 de novembro de 2009

Besouro e a antropologia

Ah, um tempo que devo um post sobre o filme "Besouro" eu o assisti na semana passada.
O filme conta a história de um capoerista que luta pelos direitos de seu povo no início do século XX na Bahia. já não havia escravidão no Brasil, mas o preconceito ainda existia e os ex-escravos ainda eram tratados como escravos pelos coronéis da região. gostei dos efeitos especiais e da coreografia de luta usada no filme, e é claro a aparição dos oríxas no filme, o que confirma o fracasso do filme Tróia, no qual os deuses deveriam ter participação ativa e mal são mencionados.
O aspecto antropologico do filme besouro é muito interessante, porque mais que falar da diferença entre negros e brancos como se fossem duas espécies diferentes e que no final do século XIX deu muito oque falar até Strauss descartar o evolucionismo como estudo sério e verossímel da antropologia. O culto politeísta reforça o contato do homem com a natureza e o culto da mesma, dado antropologico que merece ser lembrado. A cultura grega antiga carrega estes mesmos traços, por que isso é inerente a consciencia humana, a de que o mundo é maior que a sua existencia. O filme tem um bom desenvolvimento, a consciencia universal de que todo homem tem direito a liberdade e os conflitos existenciais de cada personagem, bem como a sua complexidade. é uma boa pedida para quem se interessa um pouco mais pela cultura africana e as raizes da nossa cultura ainda sem identidade.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Ironia do destino

Difícil saber quando voltar, quando a porta vai estar aberta para entrar...
Quando penso em voltar você não está aqui para me receber.
Quando pensei que tudo se ajeitaria você já havia me esquecido.

Minha vida cheia de ironias, cheia de incertezas, e certeza, a única não me atormenta, a morte a qual tudo o que é vivo está condenado e tal como a liberdade assusta, mas não me atormenta.
E nem a solidão, nem o frio, nem o medo do esquecimento é castigo maior que um destino carregado de ironias, carregados de tormentas.

E quando pensei que te amava pensei em te esquecer, porque só assim a ironia de te ver nos braços de outro não vai mais me arrastar como cadeias e nem me atormentar como um fantasma e seu abraço e seu beijo e tuas carícias e teus olhos cor de água cristalina se tornem apenas lembranças, fotografias não reveladas de um tempo que não há de voltar.