quinta-feira, 3 de junho de 2010

Eu e o outro/ O mesmo e o diferente

Não sei porque, mas ontem terça-feira, me senti estranho. não sei se outras pessoas já se sentiram isso, mas ultimamente comigo tem sido frequente essa sensação, na qual me sinto tão eu, tão mesmo, queme sinto diferente de tudo, me sinto o outro, o grande outro em relação ao mundo eu. Me dói a diferença, me dói ser outro. Não me sinto melhor ou "especial" sinto que sou tão singular que nem humanidade possuo, como se fosse o estrangeiro de Camus. Não partilho nada com ninguém, e isso dói.. como se minha determinação ontológica,fosse justamente a não determinação, como se eu fosse uma espécie que não fora católogada.
Esta dialética do mesmo e do diferente, do eu e do outro, tem me marcado profundamente a um certo tempo. Me marcado desmarcando o que sou.
E as sequelas que essa sensação me deixa.. resquicíos de misantropia? Ferida sangrando?
o que tem sobrado até o momento é só uma dor excruciante, essa singularidade eu sinto as vezes que ela me mata por dentro, ou que ela há de matar em algum momento.. " me sinto um estrangeiro,passageiro de algum trem, que não passa por aqui... que não passa de ilusão..."