segunda-feira, 28 de março de 2011

Sobre a Educação

Antísthenes, o filósofo socrático, tendo sido perguntado sobre algo que pode tornar a coroa belissíma, disse:
_ A coroa da educação: Assim como o agricultor cultiva o campo, o filósofo cultiva a natureza; É preciso fazer com que as crianças se tornem bons homens, e também é preciso exercitar a alma com discursos tanto quanto o corpo nas palestras.

De João Stobeu 2. 31, 33-38

nota: optei traduzir Gymnasíois (Ginásios)por palestras,pois os exercícios físicos e o pugilismo, que hoje chamamos de luta greco-romana, eram executados neste espaço, a palavra Gymnasíos vem de gymnous que significa "nú". os gregos faziam os exercícios físico sem roupas, para que os mesmos fossem feitos com mais mobilidade e também, pelo ideal grego de beleza, uma vez que o nú masculino era belo.

domingo, 20 de março de 2011

Pain II

A primeira reflexão sobre a dor foi apenas uma introdução a cerca do sofrimento que se manifesta de vários modos. Como eu falei na postagem anterior Pain é o nome de um personagem do anime Naruto, mas na verdade Pain é o pseudônimo de Nagato que controla seis corpos (são seis Pains fazendo referencia aos seis caminhos do sábio Eremita, personagem lendário no anime Naruto). Portanto fazendo alusão aos seis corpos intitulados Pain, vou escrever seis textos, tratando desta questão sempre falando do sofrimento relacionado às observações que faço do cotidiano.

Para tanto vou abordar como segundo “Pain” o medo. O medo crescente que se manifesta em diversas formas entre as pessoas, a começar por um incomodo muito comum, o medo que as pessoas tem de encostar umas nas outras dentro do ônibus.

É um fenômeno que sempre me incomodou ver nas pessoas, essa coisa das pessoas indiferente do sexo terem “medo” de se encostarem no ônibus, não falo de encoxadas, falo de algo bem menos imoral que se pode imaginar, por exemplo, quando uma pessoa reclina a cabeça sobre o assento do ônibus e alguém está se segurando no assento, uma vez que o encosto para a cabeça também é usado para que o passageiro do assento traseiro possa se segurar, sempre aconteceu comigo (vai ver a minha mão tem espinho) e a pessoa encosta e levanta a cabeça e olha torto, eu me pergunto o que tem de mais? Não estou fazendo força (como se cutucasse a pessoa da frente) ela apenas encostou suavemente, não há nada demais!

Em outro exemplo ainda dentro do ônibus quando alguém segura na barra de ferro estando de pé e a mão de outro passageiro encosta na outra, apenas encosta, nada mais que isso e a pessoa olha virado como se estivesse sofrendo um tipo de assédio, é muito estranho presenciar estes fatos.
Tudo isso esconde o medo, o medo que é alimentado pela virtualidade da internet, pela violência, conseqüência do permissivismo e da impunidade. Se por um lado há o medo de se envolver de que já falei em outra postagem homônima desta, reafirmo o medo se estende também ao que é estranho, as pessoas tem medo de viver, tem medo de descobrir a si mesmas.

Curiosamente deveríamos está no auge do desenvolvimento cultural, os avanços tecnológicos deveriam significar desenvolvimento cultural, ético e social e, no entanto, acontece o contrário, as pessoas se deixam cair na barbárie, e se deixam tomar pelo medo, o excesso, como nos lembra Aristóteles é vício assim como a carência. Excesso de informação produz desinformação, falta de informação produz violência e degradação da dignidade do homem.

O medo crescente é fruto da barbárie, e do medo de envolvimento nasce a violência, O medo da dor produz o permissivismo e a impunidade, crianças que não respeitam os pais ou seus professores, jovens que não aprenderam a importância do limite, e o verdadeiro sentido da palavra liberdade, que em latim é “Líber” e curiosamente se parece muito com a palavra livro em latim: “Librum” o que de certo modo me permite brincar filologicamente associando liberdade ao conhecimento.

Portanto, me atrevo a dizer que o sofrimento se tornou um mal em nossa sociedade, e mudou muito os rumos da vida dos entes civilizados, mudou a nossa vida, por não aprendermos a lidar com a dor (o que não quer dizer que tenhamos que gostar da dor) nos tornamos indiferentes, e violentos, lidar com a dor é entender por que ela ocorre, aonde erramos conosco mesmos, com as pessoas a nossa volta e como podemos ser melhor. A violência nasce da ignorância e o medo a acompanha sempre.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Um cão, um galo e a uma raposa

Um cão e um galo fizeram uma viagem juntos.
Ao cair da tarde, o galo se assentou no alto da árvore, o cão se aproximou do buraco que havia na raiz da árvore. O galo como de costume cantou a noite. Uma raposa ouvindo o seu canto correu para debaixo da árvore suplicando:
"Como eu gostaria de simplesmente poder abraçaro possuidor deste belo canto."
Dito isto o porteiro antes de acordar assentou-se sob raiz, deste modo, abriu, desceu e procurando aquela voz, o cão imediatamente saltou e o despedaçou.
O mito nos mostra que: Os homens sensatos que atacam os seus inimigos aos seus amigos vigorosos são enviados por engano.

(Fábula de Esopo)

Obs.: Peço muitas desculpas na tradução desta fábula, é um dos textos mais dificéis que traduzi até então, a sintaxe do texto me pareceu bem complexa e sintética. mas em todo o caso como uma glossa com opção de tradução e laboratório para o mesmo fica aí e claro quem conhece um pouco de grego e conhece a fábula pode dar sugestões são sempre bem vindas.

quinta-feira, 10 de março de 2011

PORNH

Me importa o teu ser inteiro
Que o teu desejo almeje liberdade
Que a tua alma não se esvazie
E que o teu corpo seja reflexo da sua felicidade

Me importa que não te esqueças de quem és
Que não te percas por caprichos
Que não se esqueças para onde vai
E quando voltares não te medo olhar para trás

Me importa de fato, que sejas feliz acima de tudo
Que não tenha medo do amanhã
Porque o medo do amanhã pode interromper os teus sonhos
E o hoje bate a tua porta ligeiro e te cobrando o que tu não deve a ele.

Me importa quando estou contigo é desfrutar do que tens de mais belo e mais limpo
Um coração cheio de esperança, verdadeiro desejo, causa do amor sincero.
Não te iludas, esperança, é esperar, mas não pare, siga em frente, só olhe para trás quando quiseres te recordar daqueles que te amaram incodicionalmente.

Me importa que sejas respeitada, que não te rebaixes para ninguém contra tua vontade.
Que só te ajoelhes a quem se ajoelhou por ti.
Se te sentires suja, lembra-te o meu respeito te limpou
Se te sentires triste, lembre do meu sorriso e tome-o para si.

Me importa que não te esqueças que antes do teu corpo eu amei tua alma
Que antes de desejar-lhe a boca desejei que não te esquecestes do ser humano que és.
E acima de tudo pela liberdade da palavra amiga, pelo toque suave do afeto, me convidando para a cama do prazer, não fostes convidada ser inumana, mas convidada a descobrir na philia o sentido da equidade que une dois amantes pelo respeito.

Me importa te lembrar que embora para muitos o dinheiro possa significar dignidade
Para mim ele apenas sinalizou o caminho do teu coração
Mas isso nunca significou que tua humanidade fosse menor
Porque acreditar que o dinheiro determina o que somos é o mesmo que afirmar que não somos livres para escolher o caminho que vamos percorrer.

Lembra-te és livre, és digna de respeito, és amável, e tua ternura e liberdade não se compram ainda que a tua cama tenha um preço.