terça-feira, 29 de julho de 2014

A flor no jardim de inverno

Olhei a flor resistente ao frio
Altiva e singela como o teu sorriso
Olhei para o jardim de inverno
Jardim de segredos imaculados e internos.

A flor é como você forte e destemida
Seu caule tem firmeza e a fineza de uma menina.
Suas pétalas são suaves como o toque de suas mãos.
É um broto que floresce dentro do meu coração.

O jardim é cultivado em segredo no inverno.
É como o meu coração que guarda com emoção todos os meus afetos.
O jardim fica escondido, mas é visível a quem a minha morada adentra.
Pois o frio maltrata o que o amor alimenta.
O jardim de inverno não é colorido.
Mas conserva com vida o que morre com o frio.

No jardim de inverno havia uma flor especial
Que brotou no frio intenso e floresceu a luz do sol.
O inverno que às plantas matam, essa flor ele não matou,
Pois cultivada com carinho e foi adubada com amor.
O jardim ficou mais bonito depois que a flor se abriu
Como o sol da primavera o meu jardim a flor coloriu.

Uma flor especial encheu o meu jardim de alegria.
Contagiando com a sua beleza um jardim que parecia sem vida.
Por isso sempre que olho para essa pequena florzinha me lembro de você.
Pois, o seu sorriso, o mais belo, encheu de vida o meu ser.
Como a florzinha que alegrou o meu coração ao florescer.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Doce Amazona

Doce amazona é floresta inteira
É flor que brota na encosta da cachoeira.
Doce amazona é valente e guerreira,
Tem olhos de onça e voz de sereia.

Doce amazona é ternura e sensibilidade.
É mulher que ama e amiga de verdade.
Doce amazona é flor no meu jardim,
Tem o aroma mais agradável como o perfume de jasmin.

Uma mulher, uma menina talvez.
Corajosa de verdade e amorosa pra valer.
Tem brilho da lua nos olhos,
E senso de justiça
Seu coração é honesto
E com a verdade se sensibiliza.

Sorria para mim mulher guerreira,
 A ti me entrego derrotado
Como os marinheiros que ouviram o canto da sereia.
Vencido quero teu abraço
Teu regaço minha amiga.
A voz que brota dos teus lábios
É bálsamo para a vida.

O que expresso nesses versos é carinho de verdade.
É mais que desejo, é amor-amizade.
Para além da erótica, contato sensual.
Mais que simples empatia.
É cuidado sem igual.
Pois, amigos e amantes cuidam uns dos outros de verdade.
como quem planta um jardim
quer ver brotar a felicidade.

Doce amazona me cativastes com teu brilho.
Foi a virtude que de ti emana que me fizeste teu amigo.
Doce amazona te escrevi sem medo.
Para adentrar teu coração fortaleza dos afetos.

Nesses versos eu exalto
Sua virtude e sua beleza.
A admiração que por ti possuo
Meu amor com nobreza.
Acolha estes versos com ternura minha amiga.
Palavras que te abraçam,
Carinho que te acolhe,
Receba o meu afeto,
Na flor em forma de versos,
Que te oferto
O beijo de palavras,
O olhar que se descreve,

Acolha minha amiga esta modesta poesia.

terça-feira, 15 de julho de 2014

A maldição de Tântalo

Que sede insaciável!
Que fome destruidora!
Que vazio que me consome
Como essa saudade arrebatadora.

Condenado a te querer sem que o desejo possa concretizar
Minha alma está sedenta da tua amizade exemplar.
Esse desejo não é fugaz e queima o meu coração.
Com fome do seu amor é o que reclama o meu coração.

Nunca alcanço tuas carícias, estou sempre longe do teu olhar.
Como as árvores do Hades que não posso tocar.
Minha sede de você é algo indescritível
Minha fome é saudade
Que terrível castigo!

Essa é a maldição de Tântalo
Ter fome e sede para sempre.
Por ter servido aos Olimpianos
Seus filhos num banquete.

Tenho sede da sua voz
E fome do seu abraço
Tenho sede da luz dos seus olhos
Tenho fome do teu regaço.

Tenho sede da beleza que emana da sua pessoa.
Tenho fome dos teus lábios encostados na minha boca.
Estou sedento da tua companhia
Faminto do teu ser.
Sede e fome é saudade

Saudade de você.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Orfeu

O canto triste da elegia desenha a dor da separação.
Triste destino que aparta a amada do meu coração.
Pior que a morte é essa desdita, fim infeliz uma ruptura.
Não há mais a amizade, amor, mas que tortura!

Desci aos infernos atrás da minha amada.
Compondo e cantando versos, melodias de uma alma consternada.
A melodia que a todos comove teu coração não comoveu.
Insensível ao timbre e ao toque da harmonia de Orfeu.

Imaginava aqui sozinho como te faria regressar.
Aconselharam-me, e insistiram para trás eu não deveria olhar.
Na subida para a vida, quantas vezes não tropecei?
Ah, como eu queria ver o brilho dos teus olhos outra vez!

Quando ao longe a luz do sol brilhava e reluzia.
No êxtase do contentamento da advertência eu me esquecia.
Olhei para trás era isso que o destino queria.
Então, para longe foi levada e outra vez sozinho ficava.

Morto entre os vivos.
Vivo como um morto.
A música continua triste
Não é um canto, mas um choro.

Por fim, um belo dia cantava as minhas elegias.
Pois já não tinha mais a minha amada
Que longe de mim agora vivia.
Então muitas belas moças eufóricas apareciam.
Atraídas pelo tom, e as lágrimas que eu vertia.

Mas, para elas não tinha olhos, nem reparava o pobre Orfeu.
Só pensava em Eurídice que o destino como uma flor colheu.
As moças eufóricas com a indiferença não se contentaram.
Despedaçaram o pobre Orfeu, o fizeram em pedaços.