Condenado injustamente a viver longe de casa.
condenado a saudade dos amigos e da morada terna.
embora o céu seja o mesmo, o movimento das estrelas muda.
exílio, privação ou provação?
por que me privando do lar que eu amo sou provado?
aonde o amor pela vizinhaça, pela terra, pelos costumes pode levar o homem a sofrer quando apartado de tudo isso?
não escolhi o exílio...
não escolhi perder o meu lar e no entanto cada lágrima que derramo é como um pedido de desculpas aos meus amigos e a minha vizinhaça que me viu crescer, a escola que me educou e as ruas por onde brinquei.
minha tristeza se confunde com a chuva de verão
e o meu desejo de voltar sempre vai arder no meu peito até que a minha alma receba a anistia e a justiça me seja feita!