sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Reflexão para o ano novo no ano velho

O novo ano ainda não chegou e já a alguns dias atrás eu já pensava fazendo um pequeno retrospecto deste ano que termina e me perguntando como será o ano que vai chegar.
sou capaz de contar nos dedos tudo de negativo que me aconteceu este ano, a saída da platão,o rompimento com uma pessoa querida, a morte do pai de um grande amigo o fracasso no mestrado enfim, muitas coisas ruins aconteceram.
Mas aconteceram algumas coisas boas, das quais devo ressaltar o meu avanço no estudo do grego antigo e em Aristóteles, afinal de contas o meu projeto de mestrado tão batalhado saiu este ano e agora vai ser aperfeiçoado.
Confesso que não tenho sorte em anos pares, isso talvez se dê por uma bobagem superticiosa da minha parte ou apenas por coincidência ou ainda por que eu mesmo nasci em um ano ímpar.
Não tenho promessas para o novo ano, apenas penso em trabalhar duro, pegar firme em meus estudos e seguir em frente, não sei se irei amar alguém ou se serei amado por alguém o que eu sei é que não deixarei o destino rir de mim este ano e se ele rir eu rirei com ironicamente com ele. eu não sou o tipo que chora, raramente derramo lágrimas a menos que realmente seja um motivo forte e justo para elas. A minha vida me tornou resistente a dor, mas jamais me fez superar a tristeza e me deu poucas alegrias e muitas ilusões. Mas ainda posso contar com aqueles que confiam e acreditam em mim e isso nem um destino irônico pode me tirar!
meus votos são de um ano de muito trabalho, que as pessoas não se encham de princípios morais e desejos que não vão se esforçar para cumprir.
acima de tudo que o estourar da garrafa seja simbólico para quem quer fazer diferente de verdade.
que o ano novo chegue para todos, que o ano novo cumpra seu curso sem problemas para cada um!
que o ano novo seja feliz apesar de tudo!

Feliz ano novo!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

medos e incertezas do guerreiro

As vezes o significado da palavra lutar é tão ambiguo, tão incerto...
as vezes me pergunto se a guerra não foi perdida, se a batalha não foi em vão...
me pergunto se o meu destino vai continuar zombar de mim!
se o seu sorriso irônico vai me perserguir e me lembrar que sempre tenho que combater os meus demônios internos.
Meus medos estão sempre diante de mim acariciam meu rosto antes de cada batalha, cada faísca que sai da minha espada.
Medos que escorrem como o meu suor, dúvidas que sempre hão de permanecer... dúvidas que se firmam como certezas.
lutar é a incerteza de cada dia.
viver é a busca de um sonho.
Meu medo maior é é perceber que um novo tempo pode nunca chegar
que as mudanças nunca ocorreram
que o destino está apenas pregando mais uma peça em mim...
apenas zombando da minha boa vontade, do meu esforço e no fim apenas me lembrar que a minha existência é uma ilusão... um desejo rompido...
o guerreiro que combate sem amanhã está fadado a ser a chama que fumega enquanto a palha seca se dispor como lenha.
O guerreiro sempre tem medo e procura enfrentá-lo, mas as vezes o medo vence e a incerteza se torna apenas desejo de morrer depressa.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Ironia

Tenho feito algumas descobertas interessantes, sobre a vida, de como ela faz piadas inteligentes, de como ela tem um prazer mórbido de rir na nossa cara e fazer da nossa dor a causa do seu prazer, penso que se a vida tem realmente algum sentido, haverei de concordar com Schopenhauer, e dizer que é a dor e não o prazer. Caso contrário seria um paradoxo.
Mas a verdade é que a vida é irônica e gozadora. A vida tem humor negro e se diverte com a nossa desgraça, ri na nossa cara quando estamos chorando. valor inestimavel da nossa derrota diante do que buscamos, nossas inglórias diante de quem amamos, o pouco valor que recebemos, ou o valor que superestimamos dos outros, a esperança fálida de reconhecimento. A irônia é a personificação de Loki deus nórdico que adora pregar peças algumas bem trágicas. A ironia é imparcial, ela ri com você e pode rir de você quase que no mesmo instante.. ela funciona como o regulador da lei deste mundo, aquela lei que todos adoram anunciar, mas que ninguém para pensar se ela pode ser aplicada contra você: " aqui se faz, aqui se paga" e ela certamente estará com você quando você tiver que pagar e vai jogar na sua cara que o mundo é assim.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O primeiro diálogo de Platão (Paródia)

Quando Platão resolveu publicar suas ideias e divulgar a sua escola, ele teve a brilhante ideia de escrever todos os seus livros de uma vez, chamou todos os escravos de sua casa e comecou a ditar um por vez os trechos de seus diálogos. Num dado momento enquanto ditava uma fala de Hermógenes para o escravo que redigia o Crátilo, o escravo que redigia o Teeteto desatento a escreve logo abaixo da fala de Sócrates.
Então quando chega a sua vez Platão dita para ele a fala do Teteeto e o escravo o interpéla: __"Mestre,agora não é a vez de Sócrates? por que me ditas a fala de Teteeto?" Platão responde: ___ Como frase de Sócrates escravo! a ultima frase que lhe ditei não foi dita por Sócrates? Platão se aproxima do escravo para conferir o que estava escrito e se irrita ao ver que o escravo desatento copiou uma a fala de Hermógenes estragando o trabalho.
__"Escravo ínutil!" grita Platão enfurecido. __"eu sempre discuto com Aristóteles na escola, todos os dias ele insiste em criticar minhas teorias, diz que a participção das formas não tem consistência lógica! insiste em dizer que minha reflexão política não vai funcionar! e o pior ele sustenta com bons argumentos que os escravos não tem inteligência!Como vou refutá-lo! sim ,porque ele sistematizou a lógica,criou regras para os silogismos e até enumerou os erros de racíocínio chamando-as "falácias não formais" Não é atoa que ele se tornou o professor de lógica da minha escola e eu sei que ele quer a reitoria! até porque quando eu lhe falei das ideias para o meu livro de política "A republica" ele riu e disse que essa coisa de "comunidade" ia destruir a Pólis... isso porque ele não conheceu Alcibiades este sim praticamente quebrou a nossa cidade! Bem, estou vendo que foi uma pessima ideia escrever todos os meus livros de uma vez, achei que assim eu pouparia tempo e poderia divulgar a minha história.. e pensar que Aristóteles já tem manuscritos inteiros de lógica que ele chama de "organon" Ai, Meu Zeus da àgora! dai me paciência e bons argumentos, por que se me der força eu mato e não quero beber cicuta!" Dito isso Platão então chama um outro escravo que acabava de voltar da àgora, Platão o chama: __" ei, você! e o escravo responde: __" sim, mestre o que deseja? platão prossegue: __"sente-se ali quero lhe ditar um texto! É agora que provo para todos que os escravos são inteligentes e refuto aquele Macedônio!" O escravo lhe pergunta: __" Mestre qual será o nome do texto que vou escrever para o senhor?" Platão lhe responde com uma pergunta: " qual o seu nome escravo?" ele responde: __"Menon"...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Por que o nome de Hermógenes não é Hermógenes?

O que Crátilo quis dizer ao afimar que Hermógenes não se chama Hermógenes?
No diálogo Crátilo Platão parece brincar fazendo um trocadilho com o nome Hermógenes para introduzir o tema da correção dos nomes (ortotheta onoma). Crátilo diz a Hermógenes, que seu nome não é Hermógenes (303b). Sócrates supõe que Crátilo tenha dito isso pensando na dificuldade que Hermógenes tem de fazer riqueza (384c). Uma vez, que Hermógenes significa: gerado de Hermes ou filho de Hermes (Hermes + genos).
Hermes é o deus grego do comércio e da riqueza, Mas também é o deus que protege os ladrões, responsável em transmitir a mensagem de Zeus aos mortais e demais deuses, Hermes também é o deus da eloquência (peithó)e mestre na arte de enganar(ápate).
Durante a seção de etmológias Crátilo propõe o exame do nome do deus Hermes, para entender porque seu nome não pode ser Hermógenes (407E).
Sócrates explica que: "Hermes é o Intérprete (Tó hermenea), o mensageiro, o astuto (Tó Klopikón) e o enganador (tó apatelón)com os discursos e o comércio;todas estas atividades (pragmatéia) revelam o poder do discurso (logou dynamin)." (407E-408A)
Sócrates continua sua explicação informando que o falar (Tó eirein) é o exercício do discurso. E que Homero emprega várias vezes o termo "emesato" (pensar com criatividade) que significa maquinar (mechanesasthai).E por isso o legislador que organiza, por assim dizer, de entender o deus como "o de discursos bem articulados" (ho mesamenos); O dizer é falar (Tó legein dé estín eirein). Os homens, aquele medita o falar (Tó eirein emesato) será chamado justamente por nós "eiremes"(eirein+emesato) e embelezando o nome, chamamos Hermes." (408A-B)
Depois desta explicação Hermógenes por fim conclui: "Por Zeus!Me parece que Crátilo diz não sem razão que o meu nome não é Hermógenes, pois não sou hábil (eumechanós)no discursar. (408B).
A brincadeira feita por Platão no ínicio do diálogo e retomada durante a seção das etimólogias me parece remeter justamente ao problema que Platão quer solucionar e no entanto não o consegue sobre a correta aplicação dos nomes. o caso de Hermógenes é no mínimo curiosa, já que ele sendo o filho mais jovem de um aristocrata não herdaria o patrimônio, ficando este com o seu irmão mais velho, tal como a lei grega sobre a herança designa. No entanto Hermógenes que assume claramente não ser bom com as palavras depois da etimólogia feita por Sócrates parece explicar porque ele não é de fato um "filho de Hermes" já que ele não conseguiu convencer Sócrates de que os nomes se dão por convenção e nem a Crátilo de sua tese sobre os nomes. Por fim não Herdou as riquezas "paternas", pois nem acesso ao patrimônio financeiro, e nem ao dom da eloquência (peithó)criando assim uma caricatura do naturalismo defendido por Crátilo, do qual Hermógenes discordava. desconheço no entanto a verdadeira opinião de Platão a cerca do assunto, mas me interessei um pouco sobre o papel de hermógenes no diálogo platônico escrevendo um pouco de modo livre sobre o assunto.
Apenas saliento que aquele que estuda os nomes ( papel desempenhado pelo gramático)este é um hermeneuta no sentido estrito da palavra, aqui entendida como interpréte que relaciona o nome a coisa que se quer nomear. papel que no diálogo é exercido por um legislador (nomotheta)e que como fica explicado pela etimologia de Hermes, já que medomai verbo da voz média que origina emesato citado por Platão significa pensar, refletir e até mesmo trabalhar, neste caso o legislador é aquele que trabalha ou pensa as palavrss de modo a ser um interpréte da natureza.
Hermógenes é uma imagem paradoxal neste diálogo, representa a dificuldade de conciliar physis e nomos (natureza e lei) duas instâncias que sempre lutaram pela psyché (alma) dos homens e da pólis representada pela politéia (constituição).
Por fim este texto tem apenas um caráter reflexivo sobre um diálogo que merece um estudo sério e detalhado de seu conteúdo, no entanto queria exprimir em palavras oque eu estava pensando a respeito de Hermógenes e de seu papel no diálogo em alguma outra oportunidade poderei rever meus erros e corrigi-los aqui deixo apenas esta primeira impressão.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Alegrias e uma taça de vinho

Canto ao deus, que o vinho me ofereceu!
e a deusa, que sentada ao meu lado brinda!
canto a alegria, a música entoada..
canto a alegria entre amigos compartilhada!

canto cada tira gosto, cada sorriso, cada gole no meu vinho!

canto a minha taça transpordante doce amigavél companheira!

canto solenemente, a noite inteira, cada hora que se passa!

canto com o meu desejo e o meu corpo eufórico, alegre, enlouquecido...
canto meus amigos, minhas amigas... e a taça de vinho...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

palavras ditas com os olhos

Meus olhos falam, dizem mais que a minha boca pode dizer, meu desespero estampado na minha cara, minha angustia refletida na minha Íris, mensageira divina!
Imprudentemente meus olhos revelam a dor que sinto, revelam que nem o meu sorriso consegue esconder essa dor, na verdade o sorriso é a manifestação candida da dor.

meus olhos falam sem parar, sim eles tagarelam e ninguém os ouve!
isso é pior que solidão, pior que ficar físicamente sozinho, é estar em meio a tantos e não estar no meio de ninguém!

meus olhos continuam gritando, mas eu sei que é inutil, ninguém vai ouvir.. e vou então morrer assim.. secando feito uma árvore velha e vou apodrecer, como tudo que tem vida.. vai se extinguir um dia...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

mito e o rito

Mesmo ainda sentindo essa solidão aguda, essa estranheza diante da vida, estou feliz, por que como sempre consigo, na medida do possível transformar os dias 15 e 16 de junho em um dia só, um dia em que para mim o mundo para, um dia em que os problemas não existem, é verdade que fico preguiçoso, manhoso etc, mas a verdade é que tenho muito orgulho de mim mesmo, de quem eu sou e acima de tudo do que eu quero ser no futuro.
eu sustento o rito do meu aniversário, 48 horas em que extravaso minha alegria, meus sonhos como ser humano normal, sustentando o mito de que preciso para viver. para ser melhor.
acho que aniversário é um dia nosso, um dia meu, ou seu em que fazemos o que gostamos, estamos com quem queremos estar e ainda estando sozinho, sorrimos para nós mesmos e regozijamos de alegria apenas por sentir uma brisa suave ou de receber aquele telefonema tão aguardado.
meu mito é a minha própria existência, que quase não foi, mas que me enche de orgulho ao me dar conta de que sou um vencedor e sobrevivente eterno, neste mundo cruel!

sábado, 12 de junho de 2010

Lipé II

O que é a dor? Penso tal como os estóicos, que a dor não é um mal, e minha inferência para tal, é justamente, porque a entendo como uma mensagem de que algo no meu corpo, ou na minha alma não vai bem. Hoje mais uma vez senti essa dor sem igual, por causa dessa singularidade que sinto diante dos outros, cada vez mais me sinto um alien, um estrangeiro,não partilho da língua, não há cultura semelhante, não há nada igual, é tudo diferente.. tudo outro, um grande outro, no qual não consigo adentrar.
Essa dor que berra na minha alma, e que não consigo apaziguar!
Esse sentimento de estranhamento existencial... me condenando a misantropia e antropofobia!
Eu conheço essa dor a tanto tempo e ela cada vez mais forte destrói minhas esperanças, por que não ter nada a que me apegar! nada e nem ninguém para recorrer..

O amor não existe, é ilusão advinda do desejo.
E não deixo de me esquecer dessas palavras proferidas por mim a tanto tempo atrás:"Não importa o quanto as pessoas desejam, ou se enganem, somos como as estrelas agrupadas em constelações, no entanto distantes umas das outras, milhares e milhares de quilometros de distância."
Só espero nao enlouquecer de dor...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Eu e o outro/ O mesmo e o diferente

Não sei porque, mas ontem terça-feira, me senti estranho. não sei se outras pessoas já se sentiram isso, mas ultimamente comigo tem sido frequente essa sensação, na qual me sinto tão eu, tão mesmo, queme sinto diferente de tudo, me sinto o outro, o grande outro em relação ao mundo eu. Me dói a diferença, me dói ser outro. Não me sinto melhor ou "especial" sinto que sou tão singular que nem humanidade possuo, como se fosse o estrangeiro de Camus. Não partilho nada com ninguém, e isso dói.. como se minha determinação ontológica,fosse justamente a não determinação, como se eu fosse uma espécie que não fora católogada.
Esta dialética do mesmo e do diferente, do eu e do outro, tem me marcado profundamente a um certo tempo. Me marcado desmarcando o que sou.
E as sequelas que essa sensação me deixa.. resquicíos de misantropia? Ferida sangrando?
o que tem sobrado até o momento é só uma dor excruciante, essa singularidade eu sinto as vezes que ela me mata por dentro, ou que ela há de matar em algum momento.. " me sinto um estrangeiro,passageiro de algum trem, que não passa por aqui... que não passa de ilusão..."

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Azul claro

Sentado sob o céu numa manhã de quinta-feira, dia frio, mas ainda sim o sol brilhava, sem força, preguiçoso.
Sentado mergulhado em minha solidão, mergulhado no meu eu. evitando tua presença em todos os sentidos. evitando tua lembrança, teu sorriso, teu olhar, teu toque, seu cheiro.
Sentado sob o céu azul claro de um típico dia de outono, eu estava ali parado, fugindo de você. fugindo de mim mesmo, fugindo de todos.
sentado senti a brisa gelada acariciando o meu rosto e o meu desejo de verter lágrimas pelo que não vive, pelos fantasmas que me assombram, pelos desejos brutalmente assasinados pelas circunstâncias.
Sentado eu percebi como uma existência pode ser tão dolorosa, tão sem luz, mesmo sob o brilho do sol, mergulhado na escuridão de minha alma, mergulhado no precípicio da dor, mergulhado na sombra do passado sempre a minha soleira, sempre a espreita para me lembrar dos meus fracassos.
Ao acaso um brinde, a sorte meus pêsames, a esperança o meu perdão.
sentado sob o céu azul claro eu percebi que a solidão é azul, que o frio é azul, que meus medos são azuis claros e que as minhas lágrimas abortadas também eram azuis...

sábado, 8 de maio de 2010

Falando com franqueza

Você nunca se importou de fato com oque eu senti ou sentia por você, por isso existe desprezo.
A verdade é que para você meus sentimentos não significam nada, são apenas a minha ilusão, minha mentira velada.
A verdade é que você é uma perfeita idiota, se preocupa com que lhe é próprio, e apenas consigo mesma, tem olhos apenas para você mesma, deseja apenas o que lhe convém e eu aqui me perguntando o por que disso?
Também me permitirei ser idiota, me preocupar comigo mesmo, com as minhas coisas, com o que me interessa, te expulsar do meu coração. Deixar minha mente livre da tua lembrança, para que o meu corpo não padeça, para que a minha mente sobreviva e para que ainda reste algo de mim no mundo.

Não preciso do seu abraço, ou do seu carinho, preciso apenas lembrar quem eu sou.
E adoçar minha boca com o sabor entorpecente do néctar para que eu possa dormir e sonhar com as estrelas, a lua cheia e com as evoluções dos planetas.
Porque também eu sou estrela, e erro como os astros sem sentido pelo universo.

A verdade é que você não me ama e nem sabe o que é o amor, não o conheceu vindo de mim e provavelmente não o conheceu vindo de outro.
você finge e engana, e ilude... é tão amaldiçoada pelo teu desejo sem sentido, pela tua hipocrisia que você se reduz a um pesadelo do qual eu só quero acordar.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

sabor amargo

A falta que me faz um vinho doce, suave de sabor agradavel, que sirva para acompanhar minha solidão derradeira, minha tristeza fortuita e minha vida de sabor amargo.
Bebo fel todos os dias, me servem vinagre. e na minha garganta apenas permanece o sabor insosso de uma vida monotona e sem graça.
se não há doce, nao há alegria, e sem alegria o que me resta? a brisa da manhã e as estrelas do céu, causa do sabor de minha existencia... mas ainda sim sou obrigado a sentir esse gosto amargo em minha boca, sentir o quanto essas correntes me apertam, ser cativo dos meus desejos, ser prisioneiro dos meus sonhos ao mesmo tempo que sou escravo da razão e do bom senso...

esse sabor amargo que nada doce, nada belo tira da minha boca e essa sede imensa que não se sacia com água... mas que almeja apenas um copo de vinho suave e doce...

sábado, 1 de maio de 2010

Lipé

Tu desconhece a minha dor
Dor ferida, corte profundo
desconhece e me retalha, me faz em padaços

minha dor é tão só minha, só eu sei a profundidade e sua extensão.
quem diz que minha dor não é nada, não sabe que ela é minha e de ninguém mais.

Minha dor, que você desconhece..
minha dor que você finge conhecer
Minha dor antipática e alheia ao seu mundo...

Tu desconhece essa ferida sempre aberta no meu peito, que verte sangue sem parar.
Ferida,dor,sentimento massacrado, coração partido.....

Minha dor é amar e saber que não amor para mim que até aqui Eros me pune com severidade
Eros que me despreza por ter escolhido as musas e Athena e não Aphrodite para servir...

Essa dor dilacerante fonte da minha angustia, que remói meu desejo
que acaba com as minhas esperanças...

Essa ferida que tem cheiro de morte... e que me faz viver como um morto...

segunda-feira, 22 de março de 2010

Indiferença

Hoje passei por você e você não viu
indiferença no olhar que dói
dói mais que corte de lâmina cega..
dói mais que palavras duras...

olhar de pedra, indiferente que são como pontas de gelo atingindo meu coração.
olhar de indiferença, ausência de olhar.... olhar para nada...
Dói e dói mais por que esse olhar com um rumo, que me atravessa sem me enxergar.
na verdade me partiu em pedaços para nao me ver...

o olhar cético de quem não quer ver o que é evidente ou simplesmente vê e omite oque viu...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Fome

Tenho fome de sonhos
tenho fome de desejos
tenho fome de alegrias

tenho fome de paixões e de me sentir afetado pelos teus olhos, pela tua boca..
tenho fome de te ouvir
tenho fome do teu sorriso
tenho fome do teu cheiro, perfume de rosas brancas...

tenho fome do teu sabor
tenho fome...
e a fome me tem por que sou desejo e razão. Razão e desejo
e tenho fome... de ter fome por que é só assim que que sei que ainda estou vivo...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

alegria extravasada

Ontem eu sorri sem querer
estava alegre e não sabia o porque...
estava feliz sem motivo algum...

aff... eu havia enchido a cara novamente...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Despedida

Essa dor que me corrói por dentro
eu chamo de despedida
por que tenho que ir agora e não posso mais ficar

essa dor que eu converto em lágrimas
essa dor tétrica, claudicante
essa dor que palavra alguma expressa

meu pensamento é turvo
não sei aonde ir
o que fazer...
o que eu sei é que preciso ir
contra a minha vontade, contra o meu desejo
eu vou e não sei quando volto...

eu vou...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Manazashii

Como pode alguém possuir olhos que guardam com timidez os desejos ocultos da carne?
E com beleza e doçura nos encantar com o seu modo de olhar, seu jeito gracioso de andar.
Como pode ter olhos serenos cor de amêndoa, duas jaboticabas maduras e vistosas incrustadas em seu glóbulo ocular.

Tens cabelos escuros e longos como as noites de inverno.
Sua pele é quente e macia como as manhãs de primavera.
seu corpo tem as quatro estações do ano divididas entre o prazer e a tristeza de cada instante.

Tua boca é perdição! de tão bela enche os olhos e os faz afogar em sua beleza.
teu corpo é fogueira que queima o corpo alheio com tanto calor que emana das chamas sinuosas.

Seus olhos discretos não me convidam a conhecer o segredo!
eu mesmo adentro curioso buscando os mistérios que envolvem o seu olhar.
desejoso de sentir o calor das suas mãos. a maciez do seu abraço
o sabor do seu beijo quente.
tua respiração como brisa da manhã no meu pescoço.
e a tua voz suave como a correnteza do riacho, sua voz tão límpida como a água mais pura que já provei.
Olhos, boca, as mãos. tudo em ti é belo, formoso
cheio de graça e suavidade.

Se me perco em teus caminhos foi por que senti o aroma de rosas que exala do teu corpo e como o canto das sereias me faz perder a razão e sucumbir aos seus desejos ocultos.
E me entrego aos teus olhos querendo apenas servir de alimento para o fogo que há em ti.

domingo, 17 de janeiro de 2010

14 de Janeiro

Esta semana foi bem díficil e problemática...
dia 14 Janeiro marca um fim de uma era para mim. minha era na "acadêmia" acaba no final de janeiro. Para quem nao sabe eu trabalho para uma empresa de software que chama: "Platão sistemas" e eu trabalho com suporte técnico em Hardware. assim como Spinoza era polidor de lentes, eu sou técnico, quando nao estou filosofando.
E neste ultimo dia 14 de janeiro, uma quinta feira onde mais que correr contra o tempo tive um dos dias mais díficeis da minha vida profissional.
Agora que fui banido da Acadêmia, devo seguir o meu caminho, e tal como Aristóteles fundar o Licheu?
é prepotencia minha querer ser como Aristóteles... eu não sou ninguém (oudeis)...
não tenho força.. nem poder... nada...
14 de janeiro deixou cicatrizes profundas em meu ser... me fez lembrar que lealdade e boa vontade nao são suficientes para que alguém realmente aposte em você...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Lembranças de um 11 de Janeiro

Me lembro do céu amanhecendo como se fosse ontem.. era um céu de 16 anos atrás... eu tinha apenas 7 anos de idade... e estava me mudando...Mudança para mim sempre foi algo difícil, nunca fui bom com mudanças, principalmente as mudanças radicais... mas esta mudança que eu achei que não gostaria, foi das melhores...
nunca imaginei que me mudaria de novo.. ou que se mudasse seria para seguir sozinho a minha vida, longe da minha família.
mas por ironia do destino me mudei.. num fatídico dia 1° de maio...
E agora aguardo a minha volta pra casa...
dia 11 de janeiro tem sabor de dia amanhecendo calmo e tranquilo.. tem cheiro de chuva de verão e de terra molhada... de lagartinhas passeando atrás de comida e de amizades novas surgindo...

lembranças que espero nunca perder... e sabores que construiriam oque eu sou.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

dias quentes de Verão

Incrivel como a brisa sendo leve nao aplaca o calor do sol.
Mas a luz do sol é algo que me acalma, mesmo quando desejo a escuridão.
dias quentes de verão me trazem boas recordações da infância.. lembranças de tempos que não voltarão jamais... piscina. brincadeiras disto tudo apenas uma brisa suave me resta. como um sonho. um desejo.
desejo é o motor da minha existência, me faz seguir adiante.
Naquela época, não havia amores, havia apenas o prazer que uma brincadeira de criança trazia..
Aqueles dias quentes de verão... a água gelada... o vento suave... correria e suor... lanche.. risadas... eu nao deixei nada disto para trás... fica tudo guardado no meu coração...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

ano novo

Entramos no ano novo, ao som dos fogos de artíficios, para espantar maus espiritos r desejosos de coisas boas, que não sejam só utopias, que sejam mais que sonhos, se tornem realidade.
Que Chronos conduza o Tempo, athena nos dê sabedoria e Zeus puna os maus!

que o ano novo seja repleto de novidades!