sábado, 28 de fevereiro de 2009

cicatrizes da alma


Este é um poema antigo meu espero que apreciem.
Eu tive um pesadelo... acordei assustado...em outro pesadelo.
Pensei que estava vivo, mas vi o meu corpo...
Estava ferido com uma espada transpassando a garganta para que eu não gritasse, os braços e as pernas estavam cheios de corte empapado em sangue.
E em uma das mãos uma espada quebrada...

Não há esperança para quem está morto
É vergonhoso morrer como um cão, sendo morto por bandidos.
Quem me matou me perguntam!
O passado e a Angustia eis aí os meus assassinos...
Morri lutando até a minha espada quebrar
De que valeu lutar? De que me valeu o Kenjuutsu?
Já chega não quero mais lutar!
Estou farto de lutar em busca de um sentido...
Eu não tenho mais força...
Acabou!!

Brener Alexandre Gonçalves, 10/11/2003.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Carnaval

O Carnaval é uma festa tão antiga, mas tão antiga que eu acredito que ela na verdade é um rito religioso ao deus da luxúria. Por isso é festa da carne.. mas eu só celebro a festa da carne na churrasqueira... O que? carnaval bom? Carnaval bom é o não carnaval.. por que essas ilusões coletivas não me agradam e a desmedida só me é bela na presença de Dionísios regrado a muito vinho!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Amor transcendente e seus diversos sentidos

Retomando a reflexão sobre o filme "O curioso caso de Benjamim Button" pretendo apresentar de forma sucinta o modo como o amor se deixa perceber no filme.
Se o tempo é movimento, o amor é transcendencia, transcendencia significa está acima, por cima das coisas, do tempo, e de si mesmo. o amor é transcendencia, porque maior que o tempo, que o movimento natural da vida, do envelhecimento e até da morte. Há pureza no amor tal como ele é apresentado, há libido, há desejo, um desejo puro de entrega, há a libertinagem a dimensão nada vitoriana do prazer como métafora do sentimento e de ligação com o outro.
O amor maternal pre-figurado, na proteção, no cuidado. o amor fraternal no espirito de reconhecimento da dignidade do outro, manifesto na vida de pessoas que muitas vezes deixadas de lado não tem a quem amar e nem a quem manifestar amor. a pluridade das formas de amor, são tantas quantas a vidas, cada existencia "pequena nas esquinas".
Mas o amor que vi em sua essencia não é nenhum destes acima, são todos acidentes do amar, o amor que vi ali está ligado ao ser, com efeito, substância, subsistente a qualquer custo, ainda que tudo pareça conspirar, ainda que não haja posse, não haja sexo, que não seja possivel dizer nada, o amor permanece, como desejo puro de ver o outro feliz.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

considerações sobre o tempo no filme o curioso caso de Benjamim Button

O filme: " O curioso caso de benjamim Button" estrelado pelo ator Brad Pitt tem rendido muitos comentários, assisti ao filme e antes disto havia visto a entrevista do ator protagonista do mesmo fazer suas declarações em uma emissora de Tv a cabo.
A muitos aspectos interessantes que são apresentados como parte da trama e que compõem o drama existencial do personagem Benjamim Button. Dentre eles os mais relevantes são: o tempo, o amor e a morte. Podemos perceber também como se dá a relação do diferente com a diferença palavras que muitas vezes apresentam sentidos tão ambiguos em nossa língua e que deveriam expressar uma ideia próxima.

Neste texto pretendo me ater nas considerações sobre o tempo e depois retornarei em outros textos a falar dos outros tópicos, dedicando-lhes a atenção devida.

Qual é a ideia de tempo apresentada no filme?

O tempo é movimento, é mudança. talvez seja a resposta de modo sintético para o problema.
A figura do relógio que no inicio do filme se move no sentido anti-horário, é substituído pelo personagem Benjamim Button, que externaliza a mudança causada pelo tempo. Com efeito essa mundaça tbm é em sentido anti-horário e está é a grande novidade, afinal quando percebemos o tempo como movimento, o percebemos apenas como mudança, não há nada de subjetivo, nada de interior nessa percepção.
O tempo é apresentado como movimento como mudança, traçando o sentido linear com uma ideia de progresso, onde o prefixo "pro" indica a frente, o que não retorna. não se tem uma noção de circularidade do tempo, o tempo ciclico aparece apenas como aparência em relação ao progresso a mudança inerente a vida onde a deterioração do corpo é sintoma da morte e a juventude é o vigor da vida. Mas paradoxalmente Benjamim Button reflete o contrario, nasce velho e morre jovem, passa sua infancia no asilo criado como velho e superando todas as expectativas que a idade avançada poderia impor ao idoso. o filme nos ensina a lidar com o tempo exterior, propõe a cada um de nós que superemos a linearidade do tempo e que buscando um "eterno retorno" ao que somos, que a alma é a fonte de nossa vida e o tempo dá sabedoria a ela e não impotência. O curioso caso de Benjamim Button nos convida a ver o tempo como presente num convite agostiniano e a senti-lo como mudança inconstante tal como o aristótelico, mas sem esquecer do ciclo mítico que desagua na trágedia do ser e culmina com a morte fim de tudo que vive, sem perder a alegria de ser o que somos, efemeros, passageiros, não estamos aqui para a eternidade, estamos para que cada presente que respiramos seja o sonho de um grande futuro e uma saudade do passado. Benjamim Button não venceu o ponteiro do relogio sendo eterno, não é um Dorian Gray, ele é cada um de nós escolhendo viver a sua existência como saída de si mesmo e de suas limitações para uma vida vivida com dignidade e amor.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Desista de mim e me esqueça na escuridão mais uma vez!

Desista de mim e me esqueça na escuridão mais uma vez!
Desista de mim e me ignore como das outras vezes, minta, finja que gosta de mim.
Não acredite na minha humanidade, não valorize o que eu sou! Porque eu sou a terra batida, a poeira que voa com o vento, na verdade não sou nada disso, sou apenas um pobre diabo fantasiando.

Desista de mim e me esqueça, me maltrate com o seu desprezo.
faça- me feridas com o teu escárnio, zombe do que eu sou e de quem eu sou.
Não me tire o sentido do meu existir, não ignore o fato maior da minha existencia.
Aberrações serão sempre monstruosidades. Um frankstein, escondido nas geleiras dos corações "humanos"
Então desista de mim e me esqueça, desista de mim e me abondone, desista de mim e me ignore
pois eu serei apenas uma mancha microscopica em sua mémoria, que quisera eu pudesse apagar para sempre!