Pobre pássaro que teve a asa quebrada pelo destino
Que já não canta, que já não come
Pássaro de asa quebrada de alma triste
Pobre pássaro massacrado pelas tempestades de outono
Caiu como folha seca o nosso passarinho...
Caiu e já não consegue mais voar.
Pobre pássaro outrora preferiria gaiola adornada de
liberdade à prisão da ferida incurável.
Se o amor é liberdade, o desamor é prisão
Se o amor é liberdade, livre do seu amor é prisão da
solidão.
De asa quebrada vaga o passarinho sem saber o que fazer
De asa quebrada perambula errante à espera de morrer
Morrer de fome, de sede, morrer de saudade de você.
Essa linha tênue entre o amor e o desamor é que feriu o
passarinho
Ferido de tristeza, de fome do seu carinho.