Encontrei a nossa conversa transcrita na memória
Meu diário pessoal de recordações de tempos que não voltam
mais
Sorri com o seu sorriso e chorei de saudade de ti.
O fio tênue do amor se partiu
As correntes da amizade se romperam na solidão.
Mergulhei a minha alma nas lembranças de outrora
Nossas conversas de dias inteiros sem fim
Duas solidões separadas por palavras
Você era o sol nascente e a lua cheia que alegrava o céu do
meu viver
E agora é a escuridão dos eclipses sem fim que eu tenho que
suportar.
A sua alegria era uma dádiva que Deus havia me dado.
Sua simplicidade é o vigor das tuas virtudes.
Não cesso de lembrar, querendo esquecer...
Acessando os diários da memória...
Esse veneno, essa droga, que me tira a razão.
Me faz perder o ar, e me arrasta como um escravo.
Encontrei sua humanidade outra vez, mas o silêncio tomou
conta de mim.
Fui condenado à solidão e agora só me resta a companhia das
memórias...