quinta-feira, 15 de maio de 2014

Silêncio VII

Lá vem o silêncio tagarela, outra vez me importunar.
Inoportuno destino de quem contigo não pode mais falar.
Lá vem o silêncio são os meus olhos perscrutando
A lua cheia desta noite cheia de brilho e encanto.
Como é o teu sorriso e o brilho do teu olhar
Que por mais que eu queira da memória não consigo apagar.

Mas ainda que a noite tenha lua cheia
Na minha alma a escuridão é de noite sem lua
Porque o silêncio me revela apenas essa solidão nua e crua.
Observando o silêncio vi como ele é palpável
Me segue como uma sombra algumas vezes indesejável.

O silêncio tagarela grita e berra
Saudade é o que tu sentes, medo é o que subjuga
A fraqueza do amor é para você uma tortura.
Que importa a retórica? Belos versos ou texto em prosa?
Se o silêncio grita e berra sua ausência e isso me apavora.
No silêncio da noite escura
No silêncio dos dias frios
Perscrutei o teu silêncio triste e sozinho.

Como hei de ter calma no silêncio indagador?
No silêncio irônico e estarrecedor
Essa ausência de palavras falta de comunicação
É perdição para a minha alma e para o meu coração.
No fim das contas uma tarde e uma manhã e lá se foi mais um dia

Outra noite de silêncio é como o fim da minha vida.