segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Espelho

Nele eu me vejo como quero como desejo.
Nele eu me projeto e me enxergo é só o que vejo.
Nele há o reflexo repetição desigual excesso.
Nele me descubro tão belo que me perco.

Nele me arrogo clamo por atenção.
Nele me redescubro cheio de orgulho e paixão.
Nele não há ninguém maior que eu
Nem mais belo, nem mais forte
Há apenas excesso extravagância da minha sorte.
Vaidades e excessos que hão de me levar a morte.

Nele me projeto reflexo das minhas paixões
Nele encontro o prazer que ninguém mais pode me oferecer
Colírio para os meus olhos
Refresco para a minha alma
Posso enfim perguntar sem demora

Espelho espelho meu há alguém mais tolo que eu?