quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Imperium

Você cruzou o rubicão e disse que vinha como amigo
Mas calmamente impõe a homens livres o poder excessivo.
Cidadão augusto que fere a isonomia
Seu ato desmedido destrói a isegoria.

Se apropria de teu título e abusa de sua força
Tiraniza a assembleia em nome de tua glória.
Funda para ti uma mentira vil
Se fazes filho dos deuses e legitima teu ardil.

Ameaça teus inimigos em nome da tua sede de poder
Quer todos sob seus pés com medo de morrer
E assim destrói o governo de nossas leis
Se coloca no lugar delas e a força nos quer fazer te obedecer.

Você cruzou o rubicão, marchou de mansinho
Tinha partido como amigo, nunca imaginei que voltaria inimigo.
Entrou na grande cidade
Passou pelos portões de Roma
Tirano que destrói a República
Imitador do tirano Sula
Que demoli a áurea república.

Na assembleia se dirigia se fazendo de interessado
No bem de todos, mas só pensava no seu lado.
Suas monções só favoreciam a ti só aumentavam o seu poder
Seu desejo era soberano
Sua vontade era lei
Tudo o que você queria era mais poder.

Você cruzou o rubicão
Cruzou o limite que nos separa do humano e do divino
Adeus república
Assembleia dos iguais
Cede espaço ao império
Violento
Opressor
Que a lei para ele não existe só quando para ele é favor.
Você cruzou o rubicão
E ameaça a liberdade
De cidadãos livres
Livres de verdade!

Você cruzou o limite
Destruiu as nossas leis
Transformando em súditos cidadãos-reis
Pois abaixo da lei estávamos
Era nosso escudo e amparo
Por causa dos excessos de um homem
Rumamos ao fracasso...