Eu não sou um herói, não eu não sou... não sei ser herói.
Não tenho coragem quando preciso, não força quando é requisitada, sou
impotência diante do mundo sou fraqueza diante dos meus medos.
Minhas mãos tremem, meu coração vacila. Ah, se eu tivesse
ousadia! E te dissesse a verdade! Será que você a acolheria? Ainda acho que sou
um covarde e me pergunto se você também não é uma covarde.
Não somos heróis, não somos tão bons quanto gostaríamos de
ser e nem tão ruins que deveríamos nos odiar. Somos apenas débeis de alguma
forma.
Às vezes penso nos heróis em todos os que conheço aquilo que
os move é a superação. Todos têm fraquezas, todos têm limites e estão sempre procurando
cruzar a linha entre a mediocridade e a soberba.
É, então, que a vida passa diante dos meus olhos como um
filme e vejo tudo que vivi e almejo a coragem para seguir em frente.
“Viver sem arrependimentos” não sei viver sem
arrependimentos, não ainda e nem sei se saberei um dia... Porque eu preciso me
arrepender e querer refazer o caminho, preciso me levantar quando cair...
Não sei ser herói. Sei ser lágrimas quando o limite me
aperta, sei ter medo quando o pânico me assombra, sei ser humano quando a dor
me castiga.