domingo, 10 de maio de 2015

Mãe

“Se não fossem as mães, que saberíamos do amor?” (Comte-Sponville, André. Apresentação da Filosofia. p. 44).

Talvez a resposta à pergunta do filósofo seja: Se não houvesse mãe saberíamos pouco ou quase nada sobre o amor. Mãe é sinônimo de amor, é sinônimo de cuidado e carinho.
Mãe é antônimo de abandono é substantivo simples, fácil de apreender o sentido, é substantivo composto porque toda mãe pede complemento, não há mãe sem filho, não há filho sem mãe.
É verbo, advérbio e adjetivo, tantas classes de palavras unidas em um único vocábulo: mãe, mamãe, mãezinha, manhinha.

Se não fossem as mães uma parte da nossa humanidade se perderia, uma parte divina por certo, Deus quando desejoso de viver entre nós quis ter uma mãe e tão generoso a entregou a nós: “mulher eis aí teu filho, filho eis aí tua mãe” (Jo 19,26).

Ser mãe é algo que compreendo bem pouco, primeiro porque jamais serei mãe, no máximo imitaria uma mãe. Ser mãe é coisa complexa, é biológico, psicológico e ético.

Ser mãe não é simplesmente assumir um papel social, é muito mais que isso é ser encarnação do amor. A pergunta do filósofo Sponville pode ser traduzida assim: Deus é amor como é muito bem dito por São João, mas a mãe também é amor assim como Deus. Mãe é amor como Deus é amor, é um amor infinito dentro da finitude de uma existência. Se não houvesse a maternidade seria humanamente impossível conhecer um amor como amor divino.

Ser mãe é, portanto, ser dádiva. Ser presente e presença, ser dom.
Mãe é aquela que cria? Mãe é aquela que gera? Não, Mãe é aquela que ama.

Feliz dia das mães para minha mãe e para a sua também.

Brener Alexandre 10/05/2015