“Se não fossem as mães, que saberíamos do amor?”
(Comte-Sponville, André. Apresentação da Filosofia. p. 44).
Talvez a resposta à pergunta do filósofo seja: Se não
houvesse mãe saberíamos pouco ou quase nada sobre o amor. Mãe é sinônimo de
amor, é sinônimo de cuidado e carinho.
Mãe é antônimo de abandono é substantivo simples, fácil de
apreender o sentido, é substantivo composto porque toda mãe pede complemento, não
há mãe sem filho, não há filho sem mãe.
É verbo, advérbio e adjetivo, tantas classes de palavras
unidas em um único vocábulo: mãe, mamãe, mãezinha, manhinha.
Se não fossem as mães uma parte da nossa humanidade se
perderia, uma parte divina por certo, Deus quando desejoso de viver entre nós
quis ter uma mãe e tão generoso a entregou a nós: “mulher eis aí teu filho,
filho eis aí tua mãe” (Jo 19,26).
Ser mãe é algo que compreendo bem pouco, primeiro porque
jamais serei mãe, no máximo imitaria uma mãe. Ser mãe é coisa complexa, é biológico,
psicológico e ético.
Ser mãe não é simplesmente assumir um papel social, é muito
mais que isso é ser encarnação do amor. A pergunta do filósofo Sponville pode
ser traduzida assim: Deus é amor como é muito bem dito por São João, mas a mãe
também é amor assim como Deus. Mãe é amor como Deus é amor, é um amor infinito
dentro da finitude de uma existência. Se não houvesse a maternidade seria
humanamente impossível conhecer um amor como amor divino.
Ser mãe é, portanto, ser dádiva. Ser presente e presença,
ser dom.
Mãe é aquela que cria? Mãe é aquela que gera? Não, Mãe é
aquela que ama.
Feliz dia das mães para minha mãe e para a sua também.
Brener Alexandre 10/05/2015