quinta-feira, 30 de junho de 2016

Retrocesso

Dou um passo atrás e outro e outro
Refaço meus passos devagar procuro minhas pegadas no chão.
Dou um passo atrás, perfazendo o processo ao contrário.
Convirjo, me arrependo, reflito e me abstenho.

Todo retrocesso é conversão
Toda conversão é reconstrução
Das escolhas que fazemos,
Do modo de vida que queremos,
Da caminhada percorrida,
Olhando os malogros da vida.

Dou um passo atrás do outro palmilhando no sentido contrário,
Percebo algo errado em mim, no caminho, na caminhada.
Vejo equívoco ao percorrer essa estrada.
Refaço os meus passos devagar quase parando...
Reflito, e me volto para mim mesmo, para o mundo que está girando.

Todo retrocesso é conversão,
Marcha para trás, reflexão.
Todo retrocesso é reconstrução,
Revisão dos caminhos errados,
Das escolhas apressadas,
Da sinalização confusa.

Dou um passo atrás e refaço a caminhada de trás pra frente,
Volto atrás, virada de reconstrução.
Dou meia volta correção do percurso.
Retrocesso não é atraso é marcha repensada
Retrocesso não é perda de tempo, coragem necessária,
Que revê a caminhada,
Que delibera com cautela,
Fonte de prudência,
Que extirpa nossas misérias.


Brener Alexandre 30/06/16

sábado, 25 de junho de 2016

Sonho numa noite de inverno

Na noite fria em sonho me aquecia a lembrança vívida de uma desconhecida.
Uma história construída entre a realidade e a fantasia.
A desconhecida era conhecida sem profundidade é verdade, mas teu rosto era só alegria.
Tinha um sorriso natural e simpatia, suas palavras eram pura calmaria.

Um sonho numa noite de inverno, em que a gentil desconhecida se desvelava.
Entre o sorriso delicado e as minhas palavras.
A conversação que se desenrolava noite adentro e a gente se entreolhava
Seus risos me encantava, seu bom humor me cativava
Sua generosidade me prendia e sua beleza se enaltecia.

Sonho numa noite de inverno.
Sonho numa noite fria de junho.
Sonho com uma desconhecida que já conhecia
Entre a realidade e a fantasia.
Sonhei contigo Maíra,
Guerreira, amazona e feminina.
Sonhei contigo menina,
Um sonho shakeasperiano de inverno.

O poeta sonhou com a Musa,
E desse sonho nasceu estes versos.
O poeta contemplou a tua essência menina
E a descreveu num poema toda a alegria.
Do encontro impossível,
Do desejo malogrado,
Do afeto invisível,
Em uma noite de inverno em que o sonho virou realidade.


Brener Alexandre 25/06/2016