Na morte dos outros reconheço a minha própria finitude.
De tal sorte, a morte compreendida ainda em minha
juventude.
Intervalo de tempo como um piscar de olhos.
Como o percurso do sol durante o dia.
Na morte dos outros reconheço os traços do que chamamos vida.
Na minha própria morte irei ver o infinito?
Ou o abismo escuro escondido?
Morte, sono profundo.
Morte, destino de todos os seres vivos.
Morte, única realidade conhecida dos homens.
Na morte dos outros reconheço a minha própria morte.
Morte, mudez que me cala a força.
Morte, lágrimas que escorrem de saudade.
Morte, memória da finitude.
“Do pó viestes e ao pó retornarás...”
Na morte encontrei o segredo,
Que ainda me mantém vivo o desejo,
Na finitude descobri o sentido,
Que ainda me mantém vivo,
Que ainda me faz lembrar que possuo um coração pulsando
no meu peito.
Brener Alexandre 12/08/2016