quinta-feira, 23 de março de 2017

Sonho agridoce

Sonhei com a beleza da nossa amizade
Sonhei com a fragilidade do meu amor
Você apareceu na cidade
E sua presença provocou-me uma dor.

Uma carona, e tua companhia.
Um sorriso que me tranquiliza.
Paz era o que eu sentia.

Sonhei com um futuro inexistente
Daqueles que brota no coração da gente.
Sonhei com a vida que a gente merecia
Juntos, amigos, amantes e nenhum de nós sofria.

Uma festa, e tua presença aguardada
Uma novidade, surpresa, alegria inesperada.
Paz é o nome dessa sensação bem-aventurada.

Sonhei, como a muito não sonhava
O sonho de um presente que você me dava.
Sonhei como a muito não sonhava
Um sono tranquilo em que você me visitava.

Um sonho agridoce
Choque de realidade
Salgado, amargo, suave
A lembrança, a ferida, e a saudade.


Brener Alexandre 23/03/2017

domingo, 19 de março de 2017

Manhã de Nostalgia

Entre chegadas e despedidas
Minha alma permanece plena de nostalgia
Tem saudade do verão de alegrias
E do outono que se anuncia.
Nessa manhã fria.

Tem saudade do teu bom dia
Do sorriso que te ilumina
Da plenitude de nossas vidas.

Entre idas e vindas
O meu coração saudosista
Percebe na ausência
O valor de uma presença
Constante permanência
Que dá vida a minha existência.

Entre tantos caminhos
Tenho saudade de adjetivos
Advérbios e verbos
Proferidos em segredo
Entre duas ou mais almas cheias de medos.

Entre dois caminhos
Duas estradas separadas
Cercadas de espinhos
Pelo destino dispersadas
Porém misturadas como água e vinho.

Nessa manhã fria de nostalgia
Pensava na alegria
Do que foi em algum dia
Do que será em uma vida
Do que nunca existira.

São lembranças entrecortadas
De alegria e tristeza
De encanto e beleza
De saudade amarrotada
Embalada em ilusões
Como a de muitos corações.


Brener Alexandre 19/03/2017

sexta-feira, 17 de março de 2017

Fala do Coração II

Deixa o meu coração te falar
Deixa o meu coração te dizer
Deixa o meu coração se expressar
Ele quer permanecer com você.

Nos versos das minhas elegias
O meu coração chora em rimas
Tua ausência percebida
Teu silêncio tagarela.

Deixa o meu coração te falar
Escute o que ele tem a dizer
No olhar silencioso e apreensivo
Que ele quer ficar com você.

Nos versos e nas rimas
Meu coração chora e grita
Tua partida repentina
Tua solidão presente na minha.

O meu coração quer te falar
Permita-se a ouvir o que ele vai te dizer
Da saudade que sente
E da vontade permanente
De estar com você.


Brener Alexandre 17/03/2017

quinta-feira, 16 de março de 2017

Silêncio XII

O teu silêncio me cala
A tua alma me encanta
O teu sorriso me desarma
E o teu olhar me inflama

O meu silêncio me dói
O meu amor me corrói
A minha alma sofrida
Ante teu olhar se arrepia.

O teu silêncio me devora
A tua alma me consola.
O teu sorriso é chama
E o teu olhar me conclama.

O meu silêncio é medo
O meu amor não é apenas desejo.
A minha alma dolorida
Te chama e delira.

O teu silêncio é respeito
De um coração verdadeiro
De uma alma pura
De um olhar de candura.

O meu silêncio é receio
De uma alma com medo.
Que sente o sofrer no amar

O sofrer do poeta
O pensar do filósofo
O rezar do religioso
Tudo é silêncio entre você e eu.
Tudo é vazio entre nós
Tudo é dor para quem ama calado
E não se sente querido e amparado
É mística entre o sagrado e o profano
Entre Deus e o humano
Entre a acolhida e a rejeição
No silêncio e na solidão.


Brener Alexandre 16/03/2017