A falta que me faz um vinho doce, suave de sabor agradavel, que sirva para acompanhar minha solidão derradeira, minha tristeza fortuita e minha vida de sabor amargo.
Bebo fel todos os dias, me servem vinagre. e na minha garganta apenas permanece o sabor insosso de uma vida monotona e sem graça.
se não há doce, nao há alegria, e sem alegria o que me resta? a brisa da manhã e as estrelas do céu, causa do sabor de minha existencia... mas ainda sim sou obrigado a sentir esse gosto amargo em minha boca, sentir o quanto essas correntes me apertam, ser cativo dos meus desejos, ser prisioneiro dos meus sonhos ao mesmo tempo que sou escravo da razão e do bom senso...
esse sabor amargo que nada doce, nada belo tira da minha boca e essa sede imensa que não se sacia com água... mas que almeja apenas um copo de vinho suave e doce...