Como foi que a minha alma se perdeu da tua?
Quando foi que nossos olhares se perderam?
Quando foi que deixamos de sorrir um para outro?
Desencontramos no medo
Desencontramos na falta de coragem
Nos perdemos nos caminhos que fizemos e nas pegadas que não
trilhamos.
Me perdi na tua recusa, gesto simples, advérbio de negação.
Me perdi nos meus traumas, nas minhas chagas, no meu
esfacelamento.
Desencontrei de ti na estrada da liberdade porque seguimos
escolhas diferentes.
Desencontrei de mim na estrada da escolha porque segui a
liberdade como sempre.
Sair na existência inexistir de fato.
Retirar-me da vida sem ter a vida retirada.
Desencontramos e agora espero o reencontro
Sem sorrisos, sem olhares, sem carinho.
Apenas como passantes pelas estradas que fazemos com as
nossas pegadas.