domingo, 28 de julho de 2013

Sarjeta



Desci até o inferno
Desci até as prisões do Hades
Não havia dia, mas havia luzes
Não havia noite, mas a escuridão reinava.

Um beijo e estou perdido
Como o grão de romã que capturou Cora
Um olhar e estou condenado
E como Perséfone minha alma se torna prisioneira.

Fui para a sarjeta
Minha alma estava perdida
Minha alma que te desejava
Minha alma que te tem por querida.

Fui à sarjeta
Desci o mais fundo
Me sujei
Me manchei
Mergulhado nos erros
Solidão como paga de um purgatório sem fim.


Desci até o inferno
Levado por beijos e carícias
Desci ao inferno seguindo o ritmo do som caótico
Desci até o inferno
Escuridão plena, solidão absoluta.
Desci ao inferno e minha consciência fui destruída.
Desci até o inferno
Sarjeta para alma e engodo para o espírito.