À beira do caminho havia uma figueira.
De belas folhagens, oferecia sombra fresca.
Suas folhas eram verdes e a árvore bonita.
Mas naquela época figo algum ela produzia.
Não era tempo de figos, mas era tempo da fome.
Procurando por alimento, aproximou se um homem.
O homem não era uma pessoa qualquer.
Era o verbo encarnado, Jesus de Nazaré.
Olhou para a figueira e fruto nela procurou.
Encontrando apenas folhas bradou o Senhor:
“De ti não nasça frutos, de ti ninguém se alimentará.”
Amaldiçoou a figueira e fê-la murchar.
Essa é a história da figueira maldita.
Parada pelo caminho não cheirava e nem fedia.
A figueira ilustra o destino das pessoas,
Que param pelo caminho e se contentam com pouca coisa.
A figueira é a imagem daqueles que tem medo,
De alimentar os seus irmãos no tempo do desespero.
Quando meditarem essa palavra o poeta pede aos cristãos.
Deem fruto à vontade e sem moderação.