domingo, 25 de maio de 2014

Sísifo Condenado


Como Sísifo condenado nesse ciclo sem fim
A força que move a rocha é usada contra mim.
Como Sísifo condenado, condenado em solidão.
Toda força que utilizo sempre me parece ser em vão.

Esse ciclo que não fecha é a minha maldição.
Triste e absurda sina me tira a respiração.
Se o esforço é vão.
Se a vontade é inútil.
Pobre Sísifo condenado no ciclo do absurdo.

Condenação legítima?
Ilegítima condição.
Castigo sem crime
Herói trágico por vocação.

Sísifo condenado não chore sua sina
Transporta a tua pedra para o alto da colina.
Do alto ela desce novamente, pobre homem.


Massacrado pelo destino.
Desacreditado e sem sentido
O desejo de liberdade malogrado pelo castigo.

Como Sísifo condenado nesse ciclo interminável.
O poeta narra sua sina terrível e abominável.
Como Sísifo condenado ele não reclama do castigo.
Apenas lamenta o seu triste destino.