sábado, 6 de setembro de 2014

Silêncio VIII

O silêncio como o vento vem e vai
O silêncio como a noite cai
O silêncio como o vazio emudece
Grita e engole tudo o que acontece.

O silêncio como muro nos separa
O silêncio como a janela é espreita
O silêncio como o nada esvazia
Profundo engole o ser que ali jazia.

O silêncio é voz que não é ouvida.
O silêncio é angustia da partida.
O silêncio é desistência resoluta
Entrega calada, covardia assimilada.

O silêncio é como os olhos falam sem querer
O silêncio é irritante como o medo de perder.
O silêncio é uma pausa...
Nos calamos de medo
Covardia e receio
O silêncio é o buraco...
Engole tudo profundo
É um mundo solitário.