O que eu vejo são os escombros beijo do sofrimento
O que eu vejo são os destroços abraço da tristeza
O que eu vejo são ruínas e o silêncio que me atormenta.
Ficou pedra sobre pedra, não ficou resquícios de civilização
em mim.
Fui desumanizado pela guerra foi assim que vi o meu mundo
ruir.
Escombros de memórias e destroços de pensamentos.
Um buraco no peito e um coração partido.
A brisa da noite me beija sempre silenciosa
E a lua nova me observa escondida no céu.
Só as estrelas se fazem companheiras, mas a distância elas
também tem medo da guerra.
O que vejo são cadáveres, corpos mutilados, corpos
queimados.
O que eu vejo são sentimentos em pedaços e a razão
esfacelada e cega.
O que eu vejo é a violência que me faço todas as vezes que
vou à guerra.
Escombros são fragmentos de um mundo destruído.
São as lágrimas vertidas noites a fio.
Pedaços do que restou da minha alma.
Um mosaico criado pelo caos.