domingo, 30 de novembro de 2014

Escombros

O que eu vejo são os escombros beijo do sofrimento
O que eu vejo são os destroços abraço da tristeza
O que eu vejo são ruínas e o silêncio que me atormenta.

Ficou pedra sobre pedra, não ficou resquícios de civilização em mim.
Fui desumanizado pela guerra foi assim que vi o meu mundo ruir.
Escombros de memórias e destroços de pensamentos.
Um buraco no peito e um coração partido.

A brisa da noite me beija sempre silenciosa
E a lua nova me observa escondida no céu.
Só as estrelas se fazem companheiras, mas a distância elas também tem medo da guerra.

O que vejo são cadáveres, corpos mutilados, corpos queimados.
O que eu vejo são sentimentos em pedaços e a razão esfacelada e cega.
O que eu vejo é a violência que me faço todas as vezes que vou à guerra.

Escombros são fragmentos de um mundo destruído.
São as lágrimas vertidas noites a fio.
Pedaços do que restou da minha alma.
Um mosaico criado pelo caos.