domingo, 21 de dezembro de 2014

Castelo da solidão

Teu distanciamento é muro alto que não sei transpor
Olha-me como que do alto da torre mais alta
Teu sorriso escapa como a ponte que se ergue sobre o fosso.
És castelo, fortaleza intransponível.

Examino-te, quero penetrar o teu ser.
Examino-te, teus olhos profundos como a névoa da floresta.
Examino-te, vejo a solidão nos teus pequenos gestos.
És impenetrável e impermeável, meus olhos não podem te banhar como a luz do sol banha as flores ao amanhecer.

À distância descubro a beleza do teu sorriso
E empreendo uma cruzada para conquistar o teu coração.
Não sou cavaleiro, nem príncipe
Mas quero tomar o castelo da solidão.
Convertê-lo em castelo da alegria,
Fazer dele castelo da felicidade.

Mas esses muros altos intransponíveis me impedem de adentrá-lo.
Nem um exército de sorrisos.
E nem mesmo um batalhão de rosas podem passar.
Nem mesmo um poeta que há algum tempo tenha aprendido a amar.

Tão difícil adentrar o castelo
É para aquele que não é príncipe
Como é difícil dissipar as trevas
Para aquele não é sol.
Abra a porta do teu ser
Baixe a ponte que pode nos unir
Colha a luz dos meus olhos fixados em ti
Pois, quero ver o teu sorriso florescer
Transformemos o castelo da solidão
Um abraço seu e estarei protegido também.

Teu distanciamento é como um castelo
Rodeado de adversidades
Não tenho medo
Mas não quero ser invasor
Abaixe a ponte e me convide para jantar contigo
E o castelo da solidão cairá e se tornará palácio da união completa.