sábado, 27 de dezembro de 2014

Poema de chamamento da rosa solitária

Acordei com saudade de ti, ó amada minha! Acordei com saudade do teu cheiro, ó rosa perfumada!
Teu cabelo tem o perfume das férias de verão da minha infância, lembrança doce e feliz.
Teus olhos são duas lanternas que me guiam na escuridão das noites quentes de dezembro.
Da tua boca sai a mais bela melodia que silencia todo o universo para te ouvir.

E, no entanto, o que ganho de ti é silêncio, e te tenho apenas na memória retida como uma fotografia.
Lembrança sinestésica da tua companhia anestesia para as dores da minha alma, longe de ti.
Ah, se eu pudesse abraçar-te! Ah, e eu pudesse sentir o teu perfume mais uma vez!
Rosa solitária, flor do deserto, vem habitar o meu jardim e iluminar com tua beleza mais radiante que o sol a mina vida, pintá-la com as cores do teu sorriso e trazer encanto com a tua voz doce aos meus ouvidos.

Tenho saudade de ti, das tuas mãos suaves tocando as minhas.
Tenho saudades de ti, de poder olhar teus olhos, admirar o teu belo rosto.
Rosa encantadora longe do teu perfume não sei para onde ir e nem o que fazer.
Tua presença para a minha saudade é como a água para sede
Vem para saciá-la sem medo.
Porque a saudade tal como a sede, mata quando não é saciada.
E não quero ver o meu coração secar sem se alimentar do néctar doce do teu ser.