Chovia naquela tarde, tanto quanto escorria lágrimas pelo
meu rosto.
Chovia dentro de mim, tanto quanto caia pingos de chuva
sobre o bairro onde moro.
Eram lágrimas de chuva era chuva de tristeza.
Eram lágrimas da alma era o alívio para o calor.
Eu ouvia os pingos caindo aquele ruído seco ao bater no
telhado de barro.
Ninguém ouvia os meus soluços afogado pelas lágrimas que não
paravam.
Era uma tarde solitária como as outras.
Era uma tarde silenciosa de outono.
Chovia como nunca na minha alma
A tristeza e a desilusão inundavam o meu espírito.
A tempestade de emoções que me consumia
E um céu obscuro sobre a minha cabeça.
Naquele dia a chuva era de lágrimas
Naquele dia o céu captou a minha tristeza.
Ele chorou comigo, ou eu chorei com ele.
Não sei... Só sei que não havia o seu abraço lá
E a estiagem só veio quando dissipei a última nuvem de dor
do meu peito.
Brener Alexandre 10/12/2014