Ainda
tenho os rascunhos daquela carta.
Ainda
tenho na memória todas aquelas palavras.
É um
rascunho passado a limpo.
Palavras
esboçadas esquecidas no limbo.
Ainda
tenho o balão de coração.
Que
você me deu com as tuas próprias mãos.
Queria
que fosse o seu amor doado.
Naquele
coração inflado.
A
carta continha um segredo.
Ela
exprimia um desejo.
O
rascunho tem muitos erros.
Palavras
escritas cheias de medo.
O
balão fica sempre à vista.
Mas
ele não cura minhas feridas.
Ele
guarda um desejo.
Que
eu nunca guardei segredo.
Em
dois tempos distintos dois amores.
Duas
emoções, duas dores.
Na
letra tremida o receio
No
balão guardado um anseio.
Ainda
tenho o rascunho daquela carta.
Ainda
guardo na lembrança suas palavras.
Um
rascunho, um ensaio.
Poderia
ter sido perfeito, mas foi um fracasso.
Ainda
tenho o balão de coração.
Guardado
com minha afeição.
Um
ícone, um sinal.
Será
que esse é o final?
Ainda
guardo o rascunho daquela carta.
Tantas
vezes modificadas,
Tantas
vezes ensaiada.
Ainda
guardo o seu coração
Disfarçado
de balão.
Ainda
rascunho aquela carta.
Com
palavras que não te disse.
Abrindo
a minha alma para que você visse.
Aonde
guardo o seu coração.
Brener
Alexandre 25/12/2015