Morrer é caminho para o nada;
morrer é o silêncio batendo a minha porta;
morrer é a luz do fim do tunel?
Desejo me libertar e partir para o incerto;
seguir em frente ou interromper o processo...
covardia ou coragem?
Vitória ou derrota quando se executa a ação?
O que eu vejo é liberdade plena de um modo que eu nunca vi ainda que eu não possa goza-la.
O que eu sinto é que um peso deixou as minhas costas não serei mais cobrado e ninguém mais me verá.
Eu vou para a liberdade, para o silêncio.
para o sono que nunca acaba e repousarei no Elísios no campo florido ao lado de Orfeu, de Ariadne e Hector.
Mergulharei no Cocyto e atravessarei o Stix sem medo e despistarei Cérberos com a astúcia de Odisseu.
Vou para a liberdade porque quero a minha alma livre deste corpo pesado e cansado de ser massacrado pelo do incerto e por isso mergulharei na incerteza do não viver.
domingo, 14 de setembro de 2008
sábado, 13 de setembro de 2008
Desejo
Minhas vontades vão e voltam, como o fluxo da libido cheia de pecado escândalo moral.
Minhas vontades são como um furacão engolindo New orleans é do tamanho do Texas.
é um ponto na alma e um corte no coração, um furo na razão.
Desejo, desejo... vontade de me satisfazer... de me animalizar por completo de negar minha humanidade.
Não importa o que eu penso e sim o que eu sinto e o que eu quero, é assim que me ensinaram.
Colocaram uma coleira em mim, mas ela não me castrou, não me constrangeu a ser animal, mas homem foi o que deixei ser, perdi a minha humanidade ouvindo gritos vindos de arranha- céus e ignorei o sussurro ousado de uma mulher que anda com o rosto coberto porque ama a curiosidade e detesta a preguiça.
Desejo sou eu me consumindo no fogo do pecado, ser o que eu não sou de viver uma vida que não é minha, uma existência que não me pertence.
Desejo é quebrar a ordem e criar no desforme uma vontade insana de ser o que? de nada ser? de ser o que quiser.
Ser Napoleão ou Jesus Cristo que não seja o vilão, mas o herói sangrando!
Desejo é vontade, vontade de viver mais que qualquer outra coisa, vontade de me consumir na loucura da vida em sua finitude gozando-a como o final de uma noite agitada onde dormir é o pior do crimes que se comete...
Minhas vontades são como um furacão engolindo New orleans é do tamanho do Texas.
é um ponto na alma e um corte no coração, um furo na razão.
Desejo, desejo... vontade de me satisfazer... de me animalizar por completo de negar minha humanidade.
Não importa o que eu penso e sim o que eu sinto e o que eu quero, é assim que me ensinaram.
Colocaram uma coleira em mim, mas ela não me castrou, não me constrangeu a ser animal, mas homem foi o que deixei ser, perdi a minha humanidade ouvindo gritos vindos de arranha- céus e ignorei o sussurro ousado de uma mulher que anda com o rosto coberto porque ama a curiosidade e detesta a preguiça.
Desejo sou eu me consumindo no fogo do pecado, ser o que eu não sou de viver uma vida que não é minha, uma existência que não me pertence.
Desejo é quebrar a ordem e criar no desforme uma vontade insana de ser o que? de nada ser? de ser o que quiser.
Ser Napoleão ou Jesus Cristo que não seja o vilão, mas o herói sangrando!
Desejo é vontade, vontade de viver mais que qualquer outra coisa, vontade de me consumir na loucura da vida em sua finitude gozando-a como o final de uma noite agitada onde dormir é o pior do crimes que se comete...
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
simetria e pecado, amor e brincar de amar
A simetria do eu e você produz a nostalgia de mil noites sem ti e mil dias sem tua voz,
e seu cheiro de flor virgem, cheira a pecado da cama e não é um pecadão, mas um pecadinho gostoso que me consome quando o céu é escuro e todos dormem.
Meu desejo é felicidade para você aonde estiveres e minha alegria é lembrar que você é você não importa com quem estejas e se te mudares é ilusão de quem tentou fazer de você o que você não é.
amor é faca de dois gumes a ferida dói, mas não mata, não há veneno apenas remédio para o tédio nosso de cada dia...
e seu cheiro de flor virgem, cheira a pecado da cama e não é um pecadão, mas um pecadinho gostoso que me consome quando o céu é escuro e todos dormem.
Meu desejo é felicidade para você aonde estiveres e minha alegria é lembrar que você é você não importa com quem estejas e se te mudares é ilusão de quem tentou fazer de você o que você não é.
amor é faca de dois gumes a ferida dói, mas não mata, não há veneno apenas remédio para o tédio nosso de cada dia...
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Autismo
Estou em mim mesmo e você em ti.
Não estou no mundo e nem você está!
Estou em um lugar estranho, vivendo uma vida estranha para mim.
Você está vivendo estranhamente para mim.
Estou cá a pensar em ser sem nada ser de mais ou de menos.. apenas sensação sem sabor.
Qual é o gosto do existir? Para quem só existe em si mesmo?
estou só em mim e você em você.
Cada um vivendo a sua vida, cada um vivendo a sua solidão, a sua ilusão, a sua mentira que vira verdade da noite pro dia.
Estou só e acompanhado de mim. Olhando meu próprio umbigo causa de minha vida que nem sei se é vida de verdade uma vez que eu ainda não aprendi o que é viver.
Não estou no mundo e nem você está!
Estou em um lugar estranho, vivendo uma vida estranha para mim.
Você está vivendo estranhamente para mim.
Estou cá a pensar em ser sem nada ser de mais ou de menos.. apenas sensação sem sabor.
Qual é o gosto do existir? Para quem só existe em si mesmo?
estou só em mim e você em você.
Cada um vivendo a sua vida, cada um vivendo a sua solidão, a sua ilusão, a sua mentira que vira verdade da noite pro dia.
Estou só e acompanhado de mim. Olhando meu próprio umbigo causa de minha vida que nem sei se é vida de verdade uma vez que eu ainda não aprendi o que é viver.
domingo, 7 de setembro de 2008
Solipsismo
Minha alma tudo desconhece, tudo estranha.
Minha alma não reconhece a si mesma;
é como espelho quebrado;
é como rio seco de leito raso;
minha alma é assim, tão só que é só ausência
tão sozinha que esta solidão é só vazio.
Não tem átomo nem quantum;
nem nêutron, nem próton.
Tem só o só, tem só o ismo de solus unicus
de solus ipso!
Minha alma é só e é também um monte de presenças inertes e sem vida.
Um monte de lembranças amontadas para apodrecer ao sol.
É isso... sozinho em si mesmo, tão sozinho que dói ver
Tão sozinho que é só sentimento;
tão sozinho que nem a fome de você sacia.
nem a morte põe fim a essa solidão.
E a vida.. a vida é apenas a solidão em curso natural em meio a muitas solidões enganadas por aí.
Minha alma não reconhece a si mesma;
é como espelho quebrado;
é como rio seco de leito raso;
minha alma é assim, tão só que é só ausência
tão sozinha que esta solidão é só vazio.
Não tem átomo nem quantum;
nem nêutron, nem próton.
Tem só o só, tem só o ismo de solus unicus
de solus ipso!
Minha alma é só e é também um monte de presenças inertes e sem vida.
Um monte de lembranças amontadas para apodrecer ao sol.
É isso... sozinho em si mesmo, tão sozinho que dói ver
Tão sozinho que é só sentimento;
tão sozinho que nem a fome de você sacia.
nem a morte põe fim a essa solidão.
E a vida.. a vida é apenas a solidão em curso natural em meio a muitas solidões enganadas por aí.
sábado, 6 de setembro de 2008
Capitulo das lembranças: coragem
Vou me dedicar a algumas reflexões de memória onde vou falar mais de experiências passadas intercalando com reflexões comuns.
Começo por falar então da coragem. Me lembro de um momento muito difícil onde tive de ter coragem, foi quando vi um amigo meu ter uma crise bem na minha frente, tinha apenas 14 anos e nunca havia visto aquilo na vida. Foi um choque! mas, não tinha tempo para isso. Tinha de impedir que ele se machucasse e pedir ajuda. Enfim tinha de ser multi-tarefa. E descobri uma coisa,
descobri que coragem não é simplesmente ser bravo diante dos problemas, a coragem tem mais a ver com o medo do que com a bravura, na verdade a bravura enquanto superação do medo é apenas uma parte da coragem.
e ter medo é o primeiro passo para um ato de coragem verdadeiro.
"nunca olhar para trás"
"Apenas seguir em frente não importa oque aconteça"
"reconhecer os próprios erros é um ato de coragem"
não preciso dizer mais nada.. acho que todos nós temos ações corajosas todos os dias e nem as percebemos..
então deixemos que elas falem por Nós!
Começo por falar então da coragem. Me lembro de um momento muito difícil onde tive de ter coragem, foi quando vi um amigo meu ter uma crise bem na minha frente, tinha apenas 14 anos e nunca havia visto aquilo na vida. Foi um choque! mas, não tinha tempo para isso. Tinha de impedir que ele se machucasse e pedir ajuda. Enfim tinha de ser multi-tarefa. E descobri uma coisa,
descobri que coragem não é simplesmente ser bravo diante dos problemas, a coragem tem mais a ver com o medo do que com a bravura, na verdade a bravura enquanto superação do medo é apenas uma parte da coragem.
e ter medo é o primeiro passo para um ato de coragem verdadeiro.
"nunca olhar para trás"
"Apenas seguir em frente não importa oque aconteça"
"reconhecer os próprios erros é um ato de coragem"
não preciso dizer mais nada.. acho que todos nós temos ações corajosas todos os dias e nem as percebemos..
então deixemos que elas falem por Nós!
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Saudade
Clarice Linspector disse uma vez : " A saudade é a presença da ausência".
Me pergunto, então, como pode a ausência ser presença? dialecticamente me parece impossível!
E lógicamente também me parece ser assim. Contudo a expressão não me parece de todo equivocado, uma vez que a presença da ausência é nada mais nada menos que a negação de uma manifestação concreta de algo e como negação a presença é possível como ausência. De fato, a ausência é negação da epifania! é o não estar em um lugar com alguém.
A saudade palavra de tão difícil tradução da nossa língua para as demais ganha um sentido poético-filosófico, pouco fácil de entender, mas sentimentos muitas vezes não são para entender, são para sentir, não é uma teoria sobre algo, mas é algo que vem de nós e para nós, revelando um eu interno totalmente afetado pelo mundo que nos rodeia.
A saudade é isso.. aquela sensação de falta.. ela é a ausência encarnada na gente. quando sentimos saudades, sentimos ausência.. e sobre ela não precisamos dizer nada.. ela está lá e não está...
Me pergunto, então, como pode a ausência ser presença? dialecticamente me parece impossível!
E lógicamente também me parece ser assim. Contudo a expressão não me parece de todo equivocado, uma vez que a presença da ausência é nada mais nada menos que a negação de uma manifestação concreta de algo e como negação a presença é possível como ausência. De fato, a ausência é negação da epifania! é o não estar em um lugar com alguém.
A saudade palavra de tão difícil tradução da nossa língua para as demais ganha um sentido poético-filosófico, pouco fácil de entender, mas sentimentos muitas vezes não são para entender, são para sentir, não é uma teoria sobre algo, mas é algo que vem de nós e para nós, revelando um eu interno totalmente afetado pelo mundo que nos rodeia.
A saudade é isso.. aquela sensação de falta.. ela é a ausência encarnada na gente. quando sentimos saudades, sentimos ausência.. e sobre ela não precisamos dizer nada.. ela está lá e não está...
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